O tema central da minha coluna aqui no Blog Relações é comunicação colaborativa, vou falar de dois exemplos recentes envolvendo os usuários, as redes e gestos que ajudaram pessoas desconhecidas e necessitadas.
O primeiro foram as várias ações realizadas no inverno em cidades do nosso país, não só com a distribuição de sopa para os sem-teto, mas com a novidade do “guarda-roupa a céu aberto”. A ideia começou em Curitiba-PR e se espalhou pelo Brasil todo através das redes sociais. As pessoas deixaram roupas, cachecóis, meias e até cobertores em praças públicas para que as pessoas pegassem o que precisavam.
O segundo foi o SOS Taquarituba, uma ação que me tocou pessoalmente pois além de ter morado 16 anos na cidade, tenho vó, tios, primos, primas, padrinhos e muitos amigos. Para quem não sabe, parte da cidade foi devastada por um vendaval no mês passado e muitos ficaram sem casa, alimentos, roupas, empresas, trabalhos entre outros estragos.
Uma das páginas criadas por voluntários foi uma página homônima ao apelo SOS Taquarituba que começou a centralizar pedidos de doações e informações não oficiais sobre a situação da cidade, antes mesmo da Prefeitura Municipal de Taquarituba.
Através desta página e da publicação de moradores, ex-moradores de Taquarituba, divulgação em jornais nacionais e regionais, a campanha SOS Taquarituba foi tomando vulto e crescendo cada vez mais. Botucatu foi uma das cidades cujos moradores doaram mais de 27 toneladas de alimentos, roupas e material de construção. A mobilização aconteceu não só pela população de cidades vizinhas como Avaré, Itai, mas também de Araraquara (minha cidade) e do Brasil todo.
Isso só mostrou que juntos podemos mais que uma pessoa só e a empatia pela causa social é independente de onde a pessoa mora e se conhece algum dos envolvidos. O Pedro Prochno mesmo, da equipe de colaboradores deste blog, na época da tragédia de Santa Maria deslocou-se de São Paulo a Porto Alegre, mais de uma vez e ajudou como pode.
O coração e a boa vontade são grandes, mas com as redes ficou maior ainda. Que bom, não acha?
Belo texto Marcinha, aprendendo muito com você! Abç.