Já escrevi algumas vezes aqui no #Blogrelacoes sobre o quanto a área de comunicação e, especificamente de Relações Públicas está mudando [pra melhor] e quantas oportunidades existem por aí só esperando para serem exploradas e desbravadas por nós, RPs. Na semana passada tivemos outro grande exemplo disso (olhando a metade cheia do copo): A compra da CDN pelo Grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes!
Nizan, 54, chairman do Grupo ABC já demonstrou lá em setembro de 2011 que via as Relações Públicas como uma das áreas mais promissoras do mercado de comunicação. Não à toa, na ocasião anunciou que estava abrindo uma agência de Relações Públicas em Nova Iorque (EUA).
O tempo passou e Nizan publicou, na mesma Folha de SP, artigo, em junho deste ano, chamado “É a propaganda, estúpido”, que virou o post aqui no blog “É RP, estúpido“. Nesta ocasião ele fez uma análise dos desafios que a propaganda passa para se reencontrar, para voltar a crescer e prosperar. Dentro de sua análise podemos encontrar muitas funções inerentes ao trabalho de um RP. Daí surgiu o artigo publicado aqui no blog.
Dois meses depois, a notícia: Guanaes compra [o anúncio formal está previsto para setembro] a CDN, fundada em 1987, segunda maior agência de Comunicação Corporativa do país (segundo o anuário da MegaBrasil), com lucro de R$ 88 milhões em 2012 e 400 funcionários, atrás apenas da FSB. É a primeira agência de comunicação corporativa que passa a fazer parte do Grupo ABC, amplamente conhecido pelo know-how em publicidade.
Indo além, o mercado cogita que a compra da CDN foi apenas a primeira aquisição do Grupo ABC na área de Relações Públicas. Ao que parece, depois de receber aporte de mais de R$ 170 milhões do fundo Kinea, do Itaú, o grupo pretende adquirir outras empresas de RP do mercado, principalmente fora de SP. Lí indicativos semelhantes em textos do anuário da Comunicação Corporativa que diziam que devemos passar por um momento de consolidação no mercado de Comunicação com diversas fusões e aquisições tanto entre as grandes (como o caso da ABC e CDN) como entre agências menores que brigam para sobreviver.
Deste bolo todo o que consigo entender é que devemos começar uma era de consolidação das agências (assim como já haviam antecipado), mas principalmente deveremos perceber uma melhora sensível na qualidade do “fazer relações públicas” por parte das agências, isso também em função da melhora do “entender RP” por parte dos clientes. E você, o que achou da notícia? Como acha que o mercado vai seguir se movimentando?
O #Blogrelacoes procurou o Nizan Guanaes para comentar o assunto mas “ele não está falando sobre o caso”. :-/