Sabe, eu sempre achei que tinha algo de errado comigo. E isso no bom e no mal sentido (sempre). Este é um texto longo (igual ao texto que usei para me inspirar pra escrever esse aqui) e se você não aguentar ler tudo até o fim é pq realmente você é muito especial, mais do que a média das pessoas, e não precisa ler tudo o que está aqui pq vc já sabe de tudo 😉
Introdução: Eu sou GYPSY, e você?
Nas duas últimas semanas o texto “Why Generation Y Yuppies are Unhappy” do blog “Wait but why” (WBW) bombou na internet! Eu fui um dos que ficou intrigado com o título (pois sou geração Y) e com preguiça de ler tudo (ele é grande pra caramba). Reservei meu domingo pra ler, salvei no iPad e cumpri com o objetivo na sessão de leitura em família pré-almoço o que rendeu a discussão durante a refeição e MUITA reflexão.
O texto original conta a história da Lucy, uma garota da geração Y que mais do que apenas ter nascido entre o fim da década de 70 e o começo da de 90, é parte de um grupo classificado pelo autor (que ninguém sabe quem é) de GYPSYs – Bem-sucedido Protagonista Especial da Geração Y (em livre tradução). Pra começar a viagem vamos entender primeiro que são os “Y”, e isso é fácil:
- Pessoas que nasceram entre o fim da década de 70 e começo da de 90. Não tem anos bem definidos, mas é por ai
Pra você saber se é um GYPSY, além de ter nascido neste “in-between” você:
- Ia para acampamentos nas férias ou dormia na casa de amigos quando criança ✓
- Ganhou prêmios sem importância alguma ✓
- Fez intercâmbio durante o colegial ou faculdade ✓
- Acha que cidades que moraria são Rj, SP, BH ou outras pequenininhas mas chiques e sexys o suficiente para te receberem. (Tipo você não iria para uma cidade que está no programa mais médicos)
- Precisa ter um iPhone ou um Galaxy SWhatever e jamais teriam um Windowsphone ou outro Android qualquer ✓
- Frequenta(ou) um psicólogo sem ter uma doença mental severa ✓
- Começou seu próprio negócio (ou pretende fazer isso em breve) ✓
- Regularmente pensa ou fala sobre as suas paixões (amorosas, materiais ou hobbies) ✓
- Já teve um blog na vida ✓ (shit)
Agora que entendemos onde cada um se encaixa (e pelos checks você claramente sabe que eu sou um Y e GYPSY, #medo) vamos à definição do WBW sobre felicidade dado pela equação
Felicidade = Realidade – Expectativas
Equação muito simples: Sua felicidade é definida pela diferença entre o quanto a sua realidade está de acordo com a sua expectativa. Assim sendo, se sua realidade está além da sua expectativa você é feliz, se ela está aquém, você está infeliz.
As gerações
Uma pausa para entendermos pq somos como somos (Y), pq nossos pais são como são (Baby boomers) e pq nossos avós são como são e, consequentemente, fizeram nossos pais assim.
Meus pais nasceram na década de 50 (baby boomers). Meus avós (pais dos meus pais duhhhh) nasceram na geração G.I. ou “Greatest Generation” e viveram durante a grande depressão americana e a 2ª Guerra Mundial.
Com o mundo que meus avós viveram eles tinham uma grande preocupação por estabilidade (e tem até hoje pelo tanto que meu avô me liga pra saber se a Hygge está indo bem). Eles ensinaram seus filhos (meus pais), que eles precisavam de estabilidade e de muito trabalho para chegar lá então a carreira deles seria algo como isso:
Quando meus pais se formaram e já estavam trabalhando e já tinham alguma estabilidade (e já me tinham também – lá pelo fim dos anos 80), o mundo começou a passar por prosperidade econômica (no Brasil após a inflação que sofremos até 1992 +ou-) e com isso, quando chegamos na época de falar sobre carreira e emprego, eles nos ensinaram que poderíamos ser o que quiséssemos, podíamos sonhar em ter um negócio próprio, em empreender, em ter carreiras diferentes, em CONQUISTAR O MUNDO! (uhum, conte-me mais sobre isso). Isso aconteceu pq a carreira deles se desenvolveu melhor do que o que eles tinham de expectativa. Algo como isso:
Baseado no que eles viveram e me ensinaram (leia sempre o “me” como “nós” e o “meus pais” como “nossos pais”, pra vc se colocar no meu lugar, se vc não for tão especial assim ;-P ) passei a ter uma grande ambição de viver o meu próprio sonho, de ter as coisas do meu jeito, de ser feliz como eu quero que seja felicidade e de trabalhar como eu quero o tanto que eu quero quando eu quero e da forma que eu quero (uhum….. you wish).
Tudo isso que me foi colocado me fez pensar que sou especial, muito especial, eu ganhei prêmios (to cheio de certificados aqui em casa), morei fora, tenho um blog então eu sou muito diferente do resto das pessoas que estão por ai, logo eu vejo a minha carreira assim:
O problema é que os meus pares (a grande maioria de vocês que estão lendo este texto) pensam da mesma forma, e me colocam pra baixo enquanto se colocam pra cima :-S Assim, em pensado que sou especial, a trajetória da minha carreira, diferentemente da dos meus pais, deveria ser algo como o que está representado no gráfico abaixo (e eu acreditei nisso até 2011, quando sem saber isso começou a mudar, e guarde esse momento que vamos voltar nele mais tarde):
Infelizmente o mundo é uma caixinha de surpresas, e no fim do arco-íris não existe um pote de ouro e construir uma carreira e algo que realmente vale a pena demora anos e anos de trabalho duro e dedicação.
Não que eu tenha “coçado” a minha carreira até agora, muito pelo contrário, mas acreditei (até 2011 como disse acima) que uma hora ou outra iam ver o quão especial eu era e que lá pelos 30 (faltam 2 anos pra isso) eu ia ter carro importado, morar um AP de 200m2 e viajar pra fora do país uma vez por ano (ahhhaaaaaaaaammmmmmmmmmmmmmmmmmm, senta lá, cláudia!). Pessoas que com 30 já conquistaram o que eu coloquei anteriormente são os especiais, e diferente deles eu não me enquadro nesse grupo (percebi isso em 2011) e que essa é uma parcela muito pequena da população.
Um especialista em GYPSYs da Universidade de New Hampshire (EUA), Paul Harvey declarou que os GYPSYs tem “expectativa irreal e extrema resistência ao feedback negativo”, e eu pensei comigo mesmo, “como assim não me contrataram para aquele estágio, eu sou BEM melhor que os outros”, e pro meu azar todos os outros que disputavam a vaga pensavam o mesmo.
Ai entra uma outra análise que convido você a parar, pensar e refletir sobre isso por um instante. Vamos começar assim:
- Você está feliz?
- Você acha que seus amigos do Facebook estão felizes?
- Você tem inveja (inveja branca pq ninguem quer o mal do outro, certo?, AHAM!!!!) do que eles têm?
- Você acha que o que eles DIZEM que tem (no FB) corresponde exatamente com o que eles REALMENTE tem?
- O que você demonstra ser/ter no FB corresponde REALMENTE com o que você é/tem?
Ai azedou o pé do frango. Isso pois, segundo estudos lá dos EUA, as pessoas projetam publicamente imagens muito maiores e melhores do que a realidade e isso soma-se para aumentar a “miséria” na qual vive um Gypsy, algo como esse gráfico:
Aqui começa o Post sobre o que foi dito acima, e as Relações Públicas (seriously :-S )
Agora juntemos tudo o que foi dito acima com o que escutamos na faculdade de Relações Públicas e até antes de entrarmos nela:
- Relações Públicas é uma das profissões mais promissoras para os próximos 10 anos (escutei isso em 2005 num Ranking da IstoÉ)
- O mercado de comunicação está muito aquecido e cresce em taxas de 20% ao ano (Anuários Mega Brasil)
- Relações Públicas é uma das coisas mais importantes que tem no mundo hoje (GUANAES, Nizan, 2013)
- Relações Públicas é um profissional formado para atuar com a Alta Administração, ele é o gestor das demais áreas da comunicação
Como, no mundo, uma pessoa que escuta isso durante o processo de escolher as Relações Públicas e enquanto está se formando profissional da Universidade não coloca as expectativas lá em cima? Eu tinha expectativas lá em cima quando entrei na faculdade, achava que o RP era a salvação do mundo, quase que chegava a pensar: “Como é que o mundo sobreviveu, até agora, sem Relações Públicas?????”!
De julho para cá foram publicados alguns textos muito interessantes aqui no #Blogrelacoes que iniciaram o processo de reflexão sobre esse “momentum” da nossa profissão. O primeiro é um texto meu em que falamos sobre o emprego em RP, que isso não estava fácil pra ninguém e o que era preciso fazer pra chegar lá. Depois a Ariane falou sobre as Relações Públicas não falando a linguagem de negócios. Veio então o “O problema do Relações Públicas é o #mimimi” e fechamos os clássicos com o texto da Ana Manssour “RP Começa a fazer sentido para as empresas, será?“.
Analisando isoladamente esses últimos quatro textos e a compra da CDN pelo grupo ABC vemos que sim o mercado começa a se acomodar, a mudar, a se movimentar. É claro que alguma coisa está acontecendo, mas o que será?
Paralelamente à isso, juntando com tudo o que veio lá pra cima, é óbvio que o sucesso e a recompensa não caem do céu. Está mais do que provado que sucesso está diretamente ligado ao trabalho e ao suor, e esse foi o meu turning-point em 2011 que mencionei. Foi nesse ano que eu decidi me mexer, me movimentar e criar o meu sucesso. Foi ali que eu cansei de me sentir especial e de esperar que os outros descobrissem o quão especial eu sou (se é que isso ia acontecer algum dia hehehe) e entrar em campo para ser protagonista de algo, algo que nem eu sei ainda. Foi naquele ano que o processo criativo da Hygge se iniciou, foi ali que eu tomei a decisão de quase um ano e pouco depois pedir demissão da empresa que trabalhava, comer pão com mortadela e passar a construir o meu negócio, a arriscar e entrar em projetos ousados como é a @Casa_RP.
Hoje, mais claramente, eu vejo que foi ali que eu deixei de ser um sonhador e coloquei os meus pés no chão, passei a ser mais realista e menos sonhador. Foi ali, em 2011, que eu comecei a deixar de ser um GYPSY.
E eu com isso?
Algumas coisas ficam de tudo o que falamos até agora:
- Se você está insatisfeito com o mercado (quer seja estudante, quer seja profissional) pare pra pensar o que é a sua expectativa, o que é projeção errada dos outros no mundo e o que é realidade
- Volta ao texto sobre o mercado de trabalho em RP e veja como você pode, na prática, mudar isso
- Pare de se achar especial e faça alguma coisa de útil que realmente leve os outros a te acharem especial, ou, no mínimo, interessante
- Continue ambicioso, muito! O mundo como um todo, e não só o das RPs, está cheio de oportunidades, basta parar, identificar algumas delas e trabalhar por isso.
- Releve o que os outros projetam nas redes sociais sobre como estão bem sucedidos, onde chegaram e quantas baladas eles frequentam. A galinha do vizinho sempre é mais gostosa, já dizia o ditado. A verdade é que todos os outros acham a sua, mais gostosa, logo, faça isso valer a pena!
RPs, o mercado está ai para aqueles que querem ser protagonistas de algo, e não para os que vão esperar o sucesso cair na mão. Bora batalhar pra colocar coisas na rua e fazer acontecer! É com trabalho duro, constante e muita dedicação que cada um vai conquistar seu lugar ao sol!
E adoraria que isso começasse com vocês me dizendo o que acharam dessa viagem nos comentarios abaixo, no twitter em @prochno ou diretamente pra mim em pedro@blogrp.todomundorp.com.br. Tks Ariane Feijó pelos pitacos 😉
Pedro,
Parabéns pelo texto e pela excelente reflexão.
Obrigado Alexandre!!!! Uma piração, né?
Abraços
Pedro
Nada de piração! Uma constatação!
Oi Pedro!
Sempre leio todos os posts, mas esse de hoje está sensacional!
Parabéns por escrever o que passa aqui na minha cabeça .. ahhahaha
Abraços!
Valeu Anna, por ler e pelo elogio. Confesso que fiquei meio inseguro com o texto, mas ele me fez refletir muito e isso já foi bom pra caramba 😉
bjs
Pedro Prochno http://www.hygge.it
ótimo texto! Momento reflexão da minha pessoa.
É Marilene, bem vinda ao grupo hehehehe. Fiquei alguns dias remoendo o texto original do WBW hehe.
abraços
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Aquele tipo de post que a gente precisa ler vez ou outra, por diversas razões! Demais, parabéns!
Não é mesmo, Juliana? Acho que da semana passada pra cá li ele umas 12 vezes hehehehe
bjs
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Gostei bastante do texto, não só para os estudantes/profissionais de RP ou outros de comunicação. A reflexão é válida para todas as outras áreas. Muito bom !!
Sim, é válido para a vida, Demétrio! Mas o propósito aqui é falar de RPs, carreira. e ele cai como uma luva hehehe
Abraços
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Puts acho que to na fase descrente! E juro (juradinho) que já baixei muito minhas expectativas em relação a profissão. Frases como "•Relações Públicas é uma das profissões mais promissoras para os próximos 10 anos (escutei isso em 2005 num Ranking da IstoÉ)" parecem piada pra mim pq quem tá no mercado sabe que isso tá longe de ser realidade.
Acho que você tem razão em dizer que as pessoas precisam se mexer, mas olha as vezes é tanta dificuldade que o desanimo ´´é inevitável.
É bruna, dificuldades estão ai em tudo na vida né? Eu tava na mesma onda mas acho que comecei a me encontrar nos últimos meses. Joguei tudo pra cima e fui procurar, tem aparecido 😉
Abraços
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Obrigada pelo texto, Pedro.
Estava precisando ler algo neste sentido 😀
Que bom que gostou, Dieny 😉
A única coisa que temos de especial é nosso potencial para chegarmos onde queremos. O que muda o mundo é ação, trabalho duro e incansável e aprendizado constante!
É isso mesmo Franciane. Nada cai do ceu, tem que ir atrás 😉
Gostei bastante dos pontos que você levantou em seu texto, concordo com a sua visão!Eu estudo RP e vejo minhas colegas de classe reclamarem muito sobre como a faculdade não instrui suficientemente, e eu sempre alego que faculdade é algo para expandir seus conhecimentos, e não vai te profissionalizar em nada, quem vai é você!RP então é super abrangente, e muitas vezes o conteúdo, salvo algumas matérias, nos parecem óbvias demais, mas comunicação e sua teoria, ao menos ao meu ver, a grosso modo é um pouco óbvio mesmo, o que diferencia é que as vezes o óbvio, por estar ali na nossa cara não é bem compreendido, e nos esquecemos que um bom profissional faz por onde!É o que sempre debato com elas, a graduação é uma ponte, não é o ponto final e não te ensina a ser realmente um relações públicas, apenas expande sua cabeça, seu networking, te movimenta, te dá leituras, te faz pensar…mas para você ser qualquer coisa na vida não é um livro que vai te mostrar como.Bom, é o que penso e acho que essa minha visão se completa ao que você mostrou em seu texto!
Até!
ë bem isso, Roberta, a gente tem que sempre buscar mais coisas, mas de nada adianta ter bagagem se não conseguirmos cruzar essas infos e transformá-las em algo novo, não é mesmo?
tks
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Ótimo texto Pedro. Já tinha lido a versão em inglês e também tinha feito essa relação com as Relações Públicas, fomos educados na faculdade com um visão super otimista da nossa profissão e, não que não seja assim, mas acho que as empresas, por não saberem o que fazemos, acabam abrindo a vaga pra administração/comunicação num geral e marketing, mas como você falou, temos que parar de nos achar especiais e mostrar pras empresas o que podemos fazer, com ações práticas.
ótima reflexão e que muitas pessoas leiam esse texto e reflitam também.
Obrigado Ana 😉
tks
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Pedrooo, eu tinha lido o texto…
E de cara me identifiquei e lembrei de vários outros amigos que tinham tudo a ver…
Achei sua reflexão incrível!
Infelizmente, ou felizmente, não há fórmula pronta para o sucesso.Tem mesmo que batalhar e correr atrás, porque ele não cai do céu embrulhado pra presente.
Quando postamos ou vemos uma foto de viagem a trabalho, ou em um evento bacana, não está escrito ali todo trabalho que esteve por trás.
Então sempre parece muito maravilhoso, charmoso. “Que sorte esse aí tem”.
Mas não há ganho sem perda, então só se conquista sucesso com muito suor.
E o mercado está cheio de boas oportunidades, só precisamos vê-las do ângulo certo, para saber aproveitá-las…
É isso, Crislaine 😉 Temos que olhar e conseguir enxergar as coisas do jeito que realmente são, sem sempre jogar expectativas lá em cima!
bjs
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Muito bom…
Muitas vezes precisamos enxergar as oportunidades e saber aproveita-las, pois uma oportunidade nunca é perdida, se você não aproveitar, com certeza outra pessoa fará isso.
Temos que trabalhar para atingir nossos objetivos e não apenas ficar sonhando e imaginando o quanto somos especiais. Isso não adianta nada, pois se você não mostrar seu potencial, ficara mais difícil das pessoas perceberem .
Parabéns pelo texto.
Valeu Eduardo!
Belo o ponto de se expor. Quem não aparece não é lembrado, não é mesmo?
abx
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Como diria o tio Richard Brason: "Screw it, Let´s do it".
Te vejo no fim do arco-íris, estou construindo o pote pra enchermos de ouro.
Lets Gusta!!!
E por falar nisso, precisamos falar sobre o que pode ser sinergia eim….
Abx
Super texto !
Valeu 🙂
Muito bom! Só uma correção: no bom e no mau sentido! Bj
Cara, muito boa mesmo essa reflexão.
Parabéns!
Às vezes é complicado tirar essas viseiras que nos impedem de olhar o mundo como um todo. Mas antes tarde, do que nunca.
Muito bom.
Renan Ferreira http://www.longedaslentes.wordpress.com
Antes tarde do que nunca hehehe. Valeu Renan
abraços
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Muito boa reflexão Pedro. Realmente, a grande parte da nossa geração vive no mundo de conto de fadas, mora com os pais até os 35 anos e acha que falta reconhecimento no trabalho se não são promovidos em 1 ano de empresa… Mas aqueles que percebem o que você mesmo citou, farão a diferença. Basta saberem aproveitar as oportunidades que surgirem. Abraços.
Vixi, tenho então mais 2 anos pra sair de casa 😛 hahahaha Vou correr!
Obrigado Renata
bjs
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Primeiro vou me parabenizar por ter lido todo o texto, algum tempo atrás e nem tanto tempo assim, leria uma pedaço achando que já sei do assunto! Agora os parabéns a vc, com certeza descreve uma geração. Eu estou fora do mercado de trabalho e sou formada ha 10 anos, tenho 31. Mas hj com os pés no chão e realmente com vontade de aprender e separar o que é bom e ruim volto a flertar com amor com a minha profissão, seu texto, outros páginas no face, a Casa RP , tem me feito acordar p/ a vida e me dar conta que ela é boa sim para os RPs, mas é preciso trabalhar duro e é o que quero! Abraços!
Parabéns Cláudia 🙂
Quem sabe vc não vem pra CasaRP descobrir mais um monte de coisas com a gente???
bjs
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Pedro, eu me senti assim constantemente. Não sou RP xiita, mas sempre briguei por RP e estou satisfeita com o cenário e a postura de profissionais como você, Rubia, Lívia, Carol,Guilherme..sem deixar de mencionar Ana Manssour, Flavio Schmidt, Rodrigo Cogo e outros tantos profissionais. RP melhorou muito e precisa evoluir mais ainda, principalmente em bibliografias e cases, modernizar a linguagem, a grade curricular, mas está no caminho.. Quase perdemos o bonde e a esperança. Agora um outro detalhe, é preciso que as gerações acordem, pois o trabalho com carteira assinada como conhecemos, vai acabar. Os futuros profissionais, não só de RP, mas todas as àreas precisarão sim fazer essa reflexão que vc fez e sair da zona de conforto. Beijos!
Marcia, ótimo ponto! É verdade. Essa análise é um começo, mas tem um mundo pelo caminho!
bjs
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Pedro, muito bom o texto (que li todo). Seguem algumas observações:
1) Nem todo mundo na faculdade acenava para vocês com um céu de brigadeiro na profissão. Nem todo mundo dizia que vocês seriam (ou deveriam ser) gestores. Nem todo mundo dizia que vocês iriam (ou deveriam) trabalhar exclusivamente em/com RP, em/com comunicação. Tenho certeza que contei a minha história de vida e de careira pra vocês como exemplo, e deixei claro que o curso de RP é uma formação, um conhecimento, uma forma de visão e raciocínio, e não necessariamente uma profissão. Lembra? Por outro lado, tinha uma senhora que…
2) Senti falta de uma “nacionalização” da versão original, e, por exemplo, não usar a “depressão americana” como fato sócio-politico-econômico importante para nós, brasileiros. Por outro lado, um fato sócio-político-econômico-comportamental importantíssimo para nós foi o período da ditadura, de 64 a 84, pegando exatamente o período em que os “baby boomers” estavam crescendo e ficando maduros para dar à luz e educar a geração Y. E logo em seguida, o período de redemocratização em que, justamente, fomos levados a acreditar que “agora podíamos e seríamos tudo o que queríamos”.
3) Eu já escutava, em 1985, que as RP eram a profissão do futuro! (E a minha monografia de final de curso – além dos dois TCCs – era justamente sobre isso.)
4) Além de suor e trabalho duro, o sucesso dos GYPSYs está diretamente ligado à disponibilidade financeira da família. Ou seja, quem é RICO de nascença (seja por parte de pai, de mãe, de ambos, ou mesmos de tios ou avós) tem 90% de chance de ser bem-sucedido e chegar aos 100% usando os demais 10% trabalhando (e não precisa suar, porque o dinheiro de investimento garantido cobre, também, um excelente sistema de refrigeração central ou pelo menos ótimos aparelhos de ar condicionado Split) e cultivando sua rede de relacionamentos com outros empresários iniciantes ou já estabelecidos que também sejam ricos. Por outro lado, se você for de família de classe média ou menos, eu só #sintomuito.
5) O alcance da felicidade está diretamente relacionado ao conceito de felicidade. Se teu conceito de felicidade incluir a necessidade de TER em vez de SER, há uma alta probabilidade de seres infeliz até morrer. Porque um apartamento de 500m² não traz felicidade para ninguém, nem uma moto Harley Davidson, ou um Mercedes blindado à prova de ladrões e assassinos nas ruas de São Paulo.
Sinceramente, acredito que encontramos o tema perfeito para debate em comemoração ao Dia Internacional da Relações Públicas. E desde já me candidato a fazer parte da discussão!
Um beijo.
Ana
É Ana, tinha aquela senhora, e me perdoe vc, mas bem mais legal achar que eu vou ser o "pi*a das galáxias" (sorry pelo termo) do que achar que vou ser RP normal 😛 hehehehehe
Nossa, acho que precisamos atualizar o lance de RP ser a profissão do futuro. Quando será que ele chega né? hahahaha
Nossa, verdade acho que achamos o tema perfeito mesmo. Ele tbm já vai entrar na discussão da CasaRP.
Vamos agora colocar os eventos no ar 😉
bjs
Pedro
Confesso que quando li o título do texto pensei: infeliz? Descrente? Eu não estou, então pra que esse título? E já iniciei a leitura com a ideia de que seria mais um #mimimi de RP. Mas conforme terminava um parágrafo, mas eu me encantava e concordada com o texto. Parabéns, Pedro! Ótima reflexão!
Também sou Y, GYPSY e deixei de ser especial ano passado, quando resolvi começar o meu negócio.
Muito bem Bruna hehehehe, bem vinda ao mundo dos pé-no-chão!
bjs
Pedro Prochno http://www.hygge.it
Esse primeiro texto do WBW é uma baboseira furada. Não precisa ficar mais uma vez batendo nessa tecla de BABY BOOMER, GERAÇÃO F,G,H,I, a verdade é que os “jovens formado em tecnologia de informação” não tem o mesmo grau de pessimismo do jovem formado em RP. Sabe por quê? Porque recebem, em média, 5k a mais que o formado em comunicação. Esse papo de “dominar o mundo” fica muito bem na parte teórica e filosófica do plano, mas te garanto ser bem remunerado resolve grande parte de todas essas exigências teóricas.
Se pudessem medir um grau de satisfação por cargos bem remunerados, garanto que toda essa conversinha de geração Y, Baby Boomer, GYPSY (só me faltava essa! ) iria para o ralo.
Pedro,
Você me fez lembrar de quando convenci meu pai que ia fazer RP, lembro que fiz uma baita de uma pesquisa para mostrar para ele que RP era a profissão do futuro em 2011. Hoje estou no 3º ano da Faculdade, já me preparando para o TCC e muita coisa sobre o que eu pensava sobre a profissão mudou.
Trabalhei por 2 anos como estagiária na AGiCOM, que fica localizada na Metodista, trabalhava no setor de Produtos Comunicacionais. Um belo dia fui cobrir uma palestra de RP, da professora Ivone de Lourdes Oliveira, lembro que ela disse: “Não sejam Relações Públicas, sejam comunicadores”. Aquilo foi um tapa na cara de muitos alunos, principalmente dos calouros, que estavam em peso na palestra.
O que ela disse era o que eu estava chegando a conclusão, foi ela dizer aquilo na palestra (além da entrevista que ela me deu horas antes) para chegar a conclusão que eu não quero ser apenas uma RP e sim Comunicadora. Quero trabalhar junto com meus colegas de Comunicação (Jornalistas, Publicitários, Comunicação Mercadológica…), com o intuito de desenvolver estratégias melhores ainda!!
Quando vejo vagas voltadas a área de Comunicação e se meu perfil se encaixa na vaga, mando meu CV, já fui em várias entrevistas onde pediam Jornalistas e Publicitários. O último processo seletivo que eu fui, para você ter noção, só tinha eu de RP, só EU, o resto era todos publicitários, pois a vaga é voltada a Publicidade.
Meu portfólio e o conhecimento adquirido no estágio, nas aulas e com a troca de informações com outros profissionais me ajuda MUITO para ser selecionada para uma entrevista. A expectativa só piora essa "depressão" dos jovens RPs, você tem toda a razão no seu texto, nós temos que criar nossas oportunidades, temos que saber vender bem nossa imagem (como os publicitários fazem), não adianta depender das associações para tudo!!
Chega de mimimi e mais ação!! Desculpe o comentário grande >.< rs
Beijos para você :*
Ótimo texto e debate. Vai ao encontro de tudo que tenho dito nos últimos anos com a atuação do Relacione-se! p/ os estudantes: somos nós que fazemos o mercado, somos nós responsáveis pelas carreiras que queremos. Não podemos esperar que algo caia do céu ou que alguém (conselho, professores, associações etc.) façam pela gente. Realmente muita gente foi criada acreditando que podia tudo e que os pais e o mundo daria tudo. Eu fui criada acreditando que eu não ia ganhar nada, que eu teria que correr atrás de tudo o que eu quisesse e assim o fiz. Depois de muito perrengue e estágios e empregos (muitas vezes mal remunerados, mas cheios de aprendizado), estou aqui podendo dizer que consegui encontrar a vaga que eu buscava na empresa dos sonhos de muitos jovens, ainda assim, continuo correndo atrás do meu espaço, afinal, não basta entrar na Petrobras, temos que crescer também. 🙂 E continuo atuando pela profissão e junto com os estudantes, levando minha visão de mundo. Tem muita gente achando que vai ganhar bem desde o início da faculdade e enquanto a vaga perfeita não chega fica sem experiência e depois não consegue emprego pelo mesmo motivo. Por isso, defendo que todo mundo tem que fazer estágio e se envolver em projetos, mesmo que voluntários, desde o início da faculdade, assim, as chances lá na frente aumentarão e muito. Espero que mais e mais pessoas passem a assumir as rédeas das suas vidas e carreiras e se encontrem na profissão que escolheram. Vagas e oportunidades existem, basta buscar com 1 novo olhar.